Nos próximos anos, o cenário para o mercado de petróleo e gás é promissor. Porém, a falta de profissionais qualificados no País tem obrigado as empresas a importar mão de obra com formação tanto de nível médio como de nível supe
rior. Outra opção também tem sido buscar em áreas afins, como engenharia química.
Além da busca por especialistas, há procura para toda a cadeia produtiva de petróleo e gás, que envolve muitos outros setores. Para suprir as necessidades, os incentivos para a especialização começam a despontar.
O Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) é um dos mecanismos utilizados pela Petrobras para formar profissionais. No Ceará, o foco tem sido a construção da refinaria Premium II. Para o Estado já foram abertas 212 vagas e a previsão é de quem mais 3.500 surjam neste e no próximo ano. A perspectiva é que 30 mil pessoas estejam empregadas de forma direta ou indireta em 2016.
“Estamos preocupados com a demanda inicial, com a terraplanagem da refinaria. Por isso estamos organizando cursos de construção civil”,
afirma o gerente setorial de relacionamento externo da refinaria, Eurico Rocha. A qualificação no primeiro momento, diz, está voltada para os municípios de Caucaia e São Gonçalo do Amarante.
A Petrobras, segundo Eurico, tem buscado outras parcerias para qualificar mão de obra. Ele destaca a implantação do Instituto Federal do Ceará (IFCE) em Caucaia, que está disponibilizando a partir deste ano três cursos com foco nas demandas de operação.
Qualificação
O sócio de auditoria da área de petróleo e gás da KPMG no Brasil, Bernardo Moreira, destaca que também há carência de profissionais da área de meio ambiente, fundamental na instalação dos empreendimentos da área. “O início das operações do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), previsto para ocorrer em 2012, e a descoberta da província do pré-sal, localizada em água
s profundas, tornaram o setor um dos mais atraentes e promissores do País”, diz.
Mas nem só no Brasil há boas oportunidades para profissionais destes setores. “Formamos profissionais para atuar em qualquer local do mundo, não só no mercado local”, afirma o coordenador do curso de Engenharia de Petróleo da Universidade Federal do Ceará (UFC), Rodrigo Silveira Vieira.
A dica dele para quem está começando na área é dominar línguas estrangeiras. “O aluno precisa ter no mínimo inglês fluente, que é a língua mais
utilizada na indústria. Também tem de ter boa desenvoltura, não só na área técnica, mas também na comercial, e boa postura”, diz.
Mercado
Com a falta de profissionais para os setores há risco de "apagão" da mão de obra
Futuro
O Brasil pode se tornar um dos principais produtores mundiais do petróleo no futuro.
Fonte: O POVO