segunda-feira, 26 de abril de 2010

Quer um conselho?

Diz o ditado popular que se conselho fosse bom, não se dava...vendia-se!
Mas não é bem assim. Quem de nós nunca seguiu um conselho da mãe, do pai, de uma tia ou de um amigo(a)?
Abaixo, transcrevi conselhos recebidos por personalidades conhecidas no Brasil e no mundo. Claro que serviram para eles, mas nada nos impede de refletir até que ponto devemos seguir ou ignorar um conselho recebido. Voltando aos ditados populares, lembramos: Nem tudo que reluz é ouro, nem tudo que balança, cai!
Fica a dica.

O estudo traz uma releitura da vida

"Dos 5 aos 14 anos, morei com minha avó Julia, em Mecejana, no Ceará. Eu morava numa casinha de palha, a 10 quilômetros da casa do meu pai. Ficava numa capoeira. Minha avó era uma pessoa muito inteligente, capaz de decorar um livro inteiro de cordel apenas de ouvir a história umas duas vezes. Como ela não sabia ler, meu pai lia para ela, e ela me contava as histórias. Ou as cantava em forma de cantoria, como os repentistas. Foi com ela que aprendi os rudimentos do cristianismo. Ela tinha um catecismo feito de papel-cuchê, com umas ilustrações belíssimas da Capela Sistina, que mostrava desde a Criação até o Apocalipse, o fim do mundo. O livro não tinha escrita, só ilustração. Era feito para analfabetos. Minha avó dizia que no Ceará havia padres, freiras e tudo isso. No meu imaginário de criança, ao ouvir tudo isso, eu comecei a dizer que, quando eu crescesse, seria freira. Todas as vezes que eu dizia isso, ela me aconselhava a estudar. Dizia que freira não podia ser analfabeta. E cresci com esse conselho. Quando fiquei doente, resolvi cuidar da minha saúde e ser freira. Fui para um convento, onde fiquei dois anos e oito meses. Foi assim que comecei a estudar. Para ser freira, eu tinha de aprender a ler. Eu tinha 16 anos e meio quando fui para Rio Branco para ser freira. E continuo tentando me curar do analfabetismo até hoje. Analfabeto é também quem não consegue fazer uma leitura em relação aos tempos que está vivendo, quem não consegue ler os valores que se quer reforçar ou outros que a gente precisa mudar. Enfim, a alfabetização é um processo contínuo; é dar outra significação à vida."

Marina Silva, 51 anos, acreana, senadora
 
Decisões, só de cabeça fria

"Um dos melhores conselhos que já recebi foi de um grande amigo, Paulo Borges. Ele me disse para nunca decidir nada no calor das emoções. Sempre diga: ‘Vou pensar e respondo amanhã’. Junto com esse conselho, que lembro sempre, ele me apresentou sua advogada, que passou a advogar para mim também, isso 12 anos atrás. Ela reforçou o conselho dado por Paulo e acrescentou: ‘Nunca assine nada sem eu ler’. Sigo os dois conselhos e sou muito feliz."

Alexandre Herchcovitch, 38 anos, paulista, estilista

Deixe de lado a opinião dos outros

"Desde que decidi ser piloto, recebi orientações bastante úteis. Meu pai logo me alertou que eu precisaria abrir mão de muita coisa se quisesse realmente chegar aonde pretendia. Na minha adolescência e juventude, cansei de abrir mão de festas e baladas. Mas acredito que o melhor conselho partiu do piloto Michael Schumacher. Eu já o conhecia bem desde 2003, ano em que passei como piloto de testes da Ferrari. Em 2006, fui seu companheiro de equipe na sua despedida da Fórmula 1. Eu correria ao lado simplesmente do cara que virou uma lenda e quebrou praticamente todos os recordes da categoria. Foi quando ele disse para jamais me preocupar com o que as pessoas, e principalmente a imprensa, falassem a meu respeito: ‘Eles vão falar bem um dia e falarão mal depois, mas você não deve dar importância. O que vale mesmo é se concentrar em fazer o seu trabalho da melhor forma possível, deixando de lado a opinião dos outros’. Foi o que passei a fazer a partir de então. Essa postura me deixou mais forte mentalmente e me ajudou a superar os momentos difíceis na F-1."

Felipe Massa, 28 anos, paulistano, piloto de F-1

domingo, 25 de abril de 2010

Cyberbullying: ofensas e humilhações na Internet



Evite exposição excessiva na Internet - "Inclusão no mundo virtual – como no presencial – implica em correr riscos, e é preciso mostrar aos filhos como percorrer seus caminhos" Humilhar, constranger, ofender, perseguir, difamar, machucar. Esses são os ingredientes maléficos que compõe o bullying, expressão inglesa aplicada às escolas para definir o comportamento de crianças e adolescentes que têm o dom de infernizar a vida dos seus colegas.

Volta e meia, a imprensa noticia casos em que a agressão chega a extremos, terminando na morte da vítima ou do agressor. Ou seja, o que pode parecer uma simples brincadeira de criança, piadinhas de mau gosto ou apelidos pejorativos, na verdade não têm nada de normal ou inconsequente. É um desvio de comportamento em que o agressor pratica abusos morais ou físicos, levando a vítima a se afastar do convívio dos amigos, a desinteressar-se dos estudos, abalando profundamente sua autoestima.

Em tempos atuais, com os avanços da tecnologia e o acesso generalizado a computadores e celulares, essa prática nefasta ultrapassou o muro das escolas, dando origem ao chamado Cyberbullying. Infiltrado pela Internet, através do correio eletrônico, dos blogs, do Orkut, MSN etc., o agressor dissemina sua raiva e infelicidade, algumas vezes identificado, outras fazendo-se passar por outra pessoa ou escondendo-se atrás de um nick, enviando mensagens ofensivas a outras crianças ou jovens, difundindo fotos comprometedoras, alterando o perfil das vítimas, incitando terceiros a reforçar o ataque, com o claro propósito de humilhar, assustar, constranger, isolar aquele considerado mais fraco ou diferente, um alvo fácil para aquele que precisa derrubar alguém para sentir-se forte, ser mais popular no grupo, esconder suas próprias fraquezas atacando as dos outros, fazendo-os infelizes como ele. É provável que o agressor também tenha sido humilhado um dia, descarregando no mais frágil a sua própria frustração e impotência.

O mais grave dessa situação é que a vítima, na maior parte das vezes, não sabendo como reagir, com medo de piorar sua situação, acaba se isolando, sofrendo sozinho, sem pedir ajuda a ninguém. Justamente numa época da vida em que o adolescente está definindo sua personalidade e que a opinião do grupo é fundamental como parâmetro de aceitação e admiração, ele se vê indefeso e profundamente magoado. Este tem sido um desafio para muitos pais e professores que se veem diante de um desvio de comportamento que tantos danos é capaz de causar, sem saberem como evitar que isso aconteça.

O que pode ser feito?

O que pode e deve ser feito nessas circunstâncias é, antes de tudo, prevenir os filhos quanto a essa possibilidade e orientá-los no sentido de que mantenham distância do agressor e seus ataques, sem responder às provocações e alimentar ainda mais sua raiva, pois é justamente isso que ele espera da vítima. Outra coisa importante é não manter segredo da ofensa, intimidando-se. Embora sofrido, esse momento pode se tornar uma oportunidade para o jovem agredido lidar com os próprios complexos, e superar - com a ajuda das pessoas queridas - uma situação de confronto, ampliando seus recursos internos.

Outra recomendação a ser enfatizada aos jovens é evitar sempre a exposição excessiva na Internet: não divulgar seus dados pessoais, ou de seus familiares ou fotos, tomando cuidados com essas divulgações até mesmo nas conversas com amigos. Enfim, a inclusão no mundo virtual – como no presencial – implica em correr riscos, e é preciso mostrar aos filhos como percorrer seus caminhos.

Maluh Duprat - psicóloga componente do NPPI
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/cyberbullying.htm

domingo, 18 de abril de 2010

Cuidado com o que publica na Net!



Mundo virtual, consequências reais

Condenação de blogueiro no Ceará por comentário ofensivo de um leitor reacendeu a polêmica sobre a responsabilidade de quem usa a internet. Saiba como tentar evitar problemas com o uso da rede

A internet comercial surgiu, há cerca de 20 anos, para encurtar distâncias e conectar as pessoas. Esse mundo novo que se abriu diante das telas dos computadores, no entanto, tem os mesmos perigos e desafios da vida real — e as mesmas leis e cuidados que se vê no cotidiano devem ser adaptados para o mundo online. Da mesma forma que podemos ofender alguém quando falamos algo, um recado em uma página de relacionamentos pode ter um efeito semelhante — ou até mesmo pior, pois as informações na internet são praticamente indestrutíveis, ficando perpetuadas em históricos de e-mails e nos arquivos da web.

De acordo com Wanderson Castilho, perito criminal especialista em crimes na internet, isso acontece devido à grande possibilidade de armazenamento de informações que a internet possui. “Todo mundo pode guardar o que quiser e depois voltar a publicar. São comuns casos de pessoas que ficam famosas e têm divulgadas imagens feitas anos antes, que elas pensavam que já haviam sido destruídas”, afirma. Além disso, mesmo que seja detectado um conteúdo ofensivo, não é fácil retirá-lo do ar. “Há casos em que pessoas têm as páginas em sites de relacionamentos clonadas e, mesmo sendo detectado o crime, muitas vezes apenas na Justiça se consegue retirá-las do ar”, conta.

Para o perito criminal, segurança e risco andam juntos no mundo virtual. Segundo ele, toda e qualquer informação publicada na web pode ser rastreada. “É possível detectar de qual computador saiu uma foto íntima divulgada indevidamente ou de onde foi feito o clone de um perfil do Orkut, por exemplo”, conta Wanderson. “Por outro lado, tudo que entra no mundo virtual é impossível de ser apagado completamente. Assim, mesmo que o culpado seja encontrado, o dano que ele causou continua existindo pela internet”, completa.

Se quem utiliza o conteúdo da internet deve ficar atento, o mesmo vale para quem produz informação para o mundo virtual. Todas as regras e leis do mundo real são aplicadas à web, portanto, é preciso ter cautela sobre tudo que é escrito em blogs, comunidades virtuais, fóruns e até nos comentários deixados nas páginas de outras pessoas. Alguma afirmação pode ofender alguém e a questão vai parar na Justiça. A estudante Iasminy de Sousa Oliveira, 21 anos, foi uma das vítimas de ataques virtuais. Após utilizar um computador público na universidade para acessar seu perfil em um site de relacionamentos, ela teve a página invadida. “Isso aconteceu porque eu simplesmente fechei a janela e não fiz logout na página. Assim, a próxima pessoa a utilizar o computador conseguiu ter acesso ao meu perfil mesmo sem possuir a senha”, conta.

O invasor deletou diversas informações pessoais e alterou os textos que ela possuía na página, colocando ofensas a ela. “Ele usou muitos palavrões e me ofendeu, pelo fato de eu ter deixado a página acessível a quem entrasse no computador”, relembra. Desde então, ela passou a redobrar os cuidados, especialmente em computadores públicos. “Depois que eu limpei o que ele havia feito, passei a prestar mais atenção se fiz o logout e se não deixei qualquer informação que possa me trazer problemas”, conta a estudante.

Fonte: http://www.correioweb.com.br/euestudante

sábado, 17 de abril de 2010

Inclusão - Um direito!




Este ano nos deparamos com uma questão sensível em nossa escola. Fomos procurados por dezenas de alunos surdos interessados em ingressar na educação profissional. Após avaliarmos as condições da escola em recebê-los, definimos o percentual de 5% das vagas aos alunos com necessidades espaciais. A procura concentrou-se nos cursos de informática e turismo e assim, poderíamos receber até quatro alunos, o que foi feito. Logo após a segunda semana de aula, um dos alunos matriculados no curso de turismo desistiu, por dificuldades de adaptação ao horário integral, então conversamos com o outro aluno remanescente e este concordou em ir para o curso de informática, onde dois alunos com deficiência auditiva já estavam matriculados.
Passado o primeiro mês de aula o resultado dessa iniciativa vem agradando. Os alunos estão bem adaptados à escola e à turma. Os demais alunos os receberam de forma maravilhosa, e muitos já conseguem comunicar-se usando sinais da Libras. Ainda é cedo para avaliarmos se a iniciativa se constituirá em experiência exitosa, mas desde já estamos muito felizes por termos tido a coragem de tentar. A foto acima ilustra um momento do horário de estudo, onde a professora Lenilda e a intérprete Sheila ajudam a reforçar conteúdos de matemática.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Oba! Notícia boa!


15/4/2010

A Assembleia aprovou, ontem, dois projetos de Lei de autoria do Executivo e uma mensagem do Ministério Público (MP). Dentre as matérias do Governo, está a que garante como política permanente, a premiação de um computador, para aqueles alunos do ensino médio do Estado que tiverem bom desempenho no Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará (Spaece).

O prêmio foi concedido em 2008 para os alunos que atingiram a média 7 na disciplina de matemática e nota 6,5 em português, ao fim daquele ano letivo. Agora, com a aprovação da nova mensagem, a premiação será realizada todos os anos. A expectativa do Governo é de que mais de dois mil computados serão dados como premiação.

Fonte: Diário do Nordeste

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Desempenho Comparado Spaece





Crescemos em 2009 ... e vamos continuar crescendo em 2010!
O resultado comparado dos resultados do SPAECE em Língua Portuguesa e Matemática mostra um crescimento no desempenho de nossos alunos da ordem de 18,3% em Língua Portuguesa e 10,2% em Matemática no ano de 2009.
À primeira vista não parece tanto, mas é importante lembrar que o ano de 2009 foi o ano em que a escola iniciou suas atividades como escola profissional, com uma mudança substancial no quadro de professores, alunos e funcionários, alterações para o horário integral e outras alterações a que todos precisaram se adaptar. Diante de todos esses fatos, o resultado deve ser comemorado e o trabalho redobrado para que em 2010 tenhamos resultados ainda melhores.
Parabéns aos alunos e todos da comunidade escolar que contribuíram para a melhoria de nossos índices nessa avaliação tão importante para a escola pública cearense.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Festival de Quadrilhas



O Grêmio Escolar "FERAS" - Fortalecendo a Escola Rumo Ao Sucesso, pretende organizar o I Festival de Quadrilhas das Escolas Profissionais de Fortaleza, que acontecerá no mês de junho de 2010.
As escolas interessadas devem entrar em contato com Breno (presidente do Grêmio) ou Josiane (professora de Artes), através do telefone 3271.6529 ou via e-mail (jtavora@escola.ce.gov.br).
Lembramos que as quadrilhas fazem parte da tradição nordestina durante as festas juninas, importante aspecto cultural que deve ser preservado.

Avaliação IQE



Tivemos hoje nosso primeiro dia da avaliação externa realizada pelo IQE - Instituto de Qualidade da Educação.
Queremos agradecer a parceria dos pais e responsáveis, que contribuíram para o comparecimento de 100% dos alunos aptos a realizar a avaliação.
No período da manhã os alunos realizaram um teste de Interpretação Textual e na parte da tarde foi o momento da produção textual.
Amanhã pela manhã será a vez do Raciocínio Lógico e no período da tarde haverá aula normal.
Contamos novamente com a presença maciça de nossos alunos.

COMUNICADO AOS PAIS

Caros Pais e Responsáveis:

No ano de 2010 a EEEP Juarez Távora decidiu que os livros didáticos ficarão sob os cuidados dos respectivos alunos, que terão o direito de mantê-los em casa para estudo e realização de atividades fora do horário de aulas. Essa medida teve como objetivo, além de contribuir para o estudo domiciliar, evitar o extravio e má conservação de exemplares deixados na escola.

Para o recebimento dos livros, é necessário apenas que pai, mãe ou responsável legal do aluno(a) compareça à Biblioteca da escola e assine o Termo de Recebimento.
Lembramos que o livro didático é uma conquista histórica e que cabe ao aluno(a) zelar por sua conservação a fim de que outros alunos possam usufruir do mesmo no futuro, bem como da necessidade de sua devolução à biblioteca, no final do ano letivo, quando será fornecido o recibo de quitação.

Esperamos contar com o apoio de todas as famílias.

A Direção

quinta-feira, 8 de abril de 2010

hum...!





Fotos do Café Literário





Café Literário



Aconteceu hoje, na Sala de Leitura da escola, uma homenagem aos leitores-destaque de 2009. O evento, organizado pelas professoras Neusa, Séfora e Velza, do Multimeios, contou com a participação de 24 alunos das quatro turmas do segundo ano da escola, direção, coordenadoras escolares e as professoras de língua portuguesa.

Na ocasião, foi lido um texto de autoria da diretora Aila, escrito especialmente para a ocasião (e postado abaixo), de um poema de Carlos Drumond de Andrade, pela professora Mariana, além do texto "A Moça Tecelã", de Marina Colassanti, pela Professora Séfora, o qual inaugurou a Roda de Leitura que passará a ocorrer sistematicamente, e para a qual estão convidados todos aqueles que gostam de ler, escrever ou simplesmente compartilhar a discussão de um bom texto ou poema.

No final, os melhores alunos foram presenteados com um livro e foi sorteado um pen drive como forma de estimular a escrita de textos literários. Depois todos saborearam um delicioso lanche, com destaque para o chocolate da Séfora e o patê da Vanda... Delícia!

Parabéns às professoras pela bela iniciativa. Vamos repetir!

Eu, poeta?


Eu, poeta?

Eu 'tava lá sentada no galho da goiabeira
comendo as siriguelas do vizinho entre uma letra e outra
(porque fruta só é nossa se cai no chão do nosso quintal)
e então eu vi...meninos, eu vi!
de repente, toda vestidinha de azul,
a fada do dente bateu sua varinha de imbira e o mundo girou!

Uma ventania espalhou palavra pra tudo que foi lado...
nuvem juntou com algodão
e o céu ficou todo flocadinho...
parecia até carneirinho pastando naquela imensidão de azul...

um caçador agarrou-se com uma pipa
e saiu correndo pelo terreiro
atrás dos meninos carregando pipas tricolores
(pipa preto e branco é que não ia ser, não é?)

no quintal do vizinho,
um pequeno príncipe conversava com uma raposa
enquanto uma cobra subindo pelo tronco do limoeiro
me falou entre sibilos
- tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas...

eu pensei com meus botões:
que diabos tinha dentro dessa siriguela?

Foi quando chegaram uns “karas” e me falaram pra virar a página.
Eu virei.. e nem te conto...
eram quase cinco da tarde...hora de voltar pra casa,
porque afinal, amanhã, tinha aula de português de novo.

Aila Magalhães,
08 de abril, 05:07 da manhã

sábado, 3 de abril de 2010

Papel das famílias garante o desempenho de filhos na escola



Atitudes simples dos pais, como conversar com os filhos e acompanhar o dever de casa, podem influenciar substancialmente a vida escolar de meninos e meninas. A constatação é do professor Cláudio de Moura Castro, que participou do colóquio Processos Educativos, Ampliação do Atendimento da Educação e Tecnologias da Informação. O debate ocorreu nesta segunda-feira, dia 29, durante a Conferência Nacional de Educação (Conae), em Brasília.

O professor fez uma comparação entre hábitos familiares em países asiáticos como Coréia e Japão e no Brasil. De acordo com ele, o desempenho acima da média dos alunos desses países, em avaliações internacionais como o Pisa, está intimamente relacionado ao envolvimento dos pais no acompanhamento da vida escolar dos filhos.

“Entre 70% e 80% dos resultados escolares se deve a fatores ligados à família”, avaliou. De acordo com Cláudio, no Japão e na Coréia os pais gastam cerca de 30% de seu orçamento com a educação dos filhos – mesmo que os sistemas de educação desses países seja público – ao pagar, por exemplo, aulas de reforços. “Isso é mais do que esses governos gastam com as escolas públicas.” Segundo o professor, 83% dos alunos da Coréia estão em cursos de reforços.

Outro ponto considerado positivo pelo pesquisador é que os alunos coreanos, além de terem aulas de reforço, passam mais tempo na escola: cerca de dez horas, contra cinco dos brasileiros. “Eles também lêem mais e vêem menos televisão do que os brasileiros”, disse. De acordo com ele, no Brasil, em média, os estudantes, quando estão em casa, passam quatro horas em frente à tevê e apenas uma estudando.

Para ajudar o filho a melhorar o desempenho, aconselha o pesquisador, bastam medidas simples como acompanhar o dever de casa, incentivar a leitura nas férias e conversar muito com os filhos. “O pai tem que saber o que ocorre na escola e o acompanhamento do dever de casa é o diálogo do pai com a escola”, acredita.

De acordo com as pesquisas de Cláudio, os pais que ajudam com o dever, verificam as correções dos professores e conversam bastante com os filhos, mesmo sobre assuntos não ligados à escola, mostram interesse pela vida dos filhos e incentivam uma rotina de estudos, influenciando positivamente no desempenho escolar. É o que ocorre na Coréia e no Japão, onde, segundo o professor, há uma profunda crença de que o estudo pode melhorar substancialmente a vida das pessoas.

Maria Clara Machado
Fonte: Portal MEC

CONAE 2010



Construindo o sistema Articulado de Educação: o plano nacional de educação, diretrizes e estratégias de ação – trouxe uma questão central. A exemplo do que acontece na saúde, com o Sistema Único de Saúde (SUS), a sugestão é criar também um sistema nacional para a educação.

Os delegados da Conferência Nacional de Educação aprovaram, na plenária final realizada nesta quinta-feira, a proposta que determina a reserva de 50% das vagas de instituições públicas de ensino superior para alunos de escola pública. De acordo com a decisão, a reserva deverá respeitar a proporção de negros e indígenas da população de cada Estado.

A proposta foi uma das mais polêmicas da plenária final, mas acabou sendo aprovada por ampla maioria. O texto diz que o mecanismo deve vigorar por no mínimo dez anos e "enfatiza a importância" do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como forma de ingresso no ensino superior.

Como em toda conferência, as propostas aprovadas não têm força de lei, mas servem como um indicativo para as políticas públicas.
No caso da conferência, elas serão diretrizes para a elaboração do novo PNE (Plano Nacional de Educação), que vai orientar as políticas do setor para os próximos dez anos. O PNE precisa ser aprovado este ano pelo Congresso para vigorar a partir de 2011.

Fonte: MEC/CONAE