domingo, 6 de junho de 2010
Direito à Felicidade...
Imagine uma escada de dez andares. O topo é a sua melhor vida possível, e o começo, a pior. Em qual degrau você diria que está agora? Essa é uma das perguntas usadas na formulação do ranking mundial de felicidade, que calcula a satisfação das pessoas de 148 países.
Com a ideia de que é possível medir esse sentimento, artistas e entidades brasileiras defendem a "PEC da Felicidade´´, proposta de emenda constitucional que inclui como direito do cidadão a "busca pela felicidade´´.
A estratégia do "movimento + Feliz´´, liderado pelo publicitário Mauro Motoryn, é pressionar o Congresso para que torne o bem-estar de cada um em dever de Estado.
"As pessoas vão chegar aos candidatos e dizer: você é responsável por defender a minha felicidade´´, diz o publicitário, que começou a elaborar ideia no ano passado.
Para ele, a mudança na Constituição sensibilizará a população a cobrar mais ações do governo. Nesta semana, participantes do movimento - que vai desde a atriz Patrícia Pillar e o cantor sertanejo Daniel até a associação nacional de procuradores da República - irá ao Congresso colher assinaturas para que a proposta seja debatida. Eles precisam do apoio de 27 dos 81 senadores.
Responsável pelo ranking da felicidade, o sociólogo holandês Ruut Veenhoven, da Universidade Erasmus, elogia a iniciativa brasileira.
"A felicidade não será o tema principal no debate político, mas vai aparecer em discussões sobre gastos com saúde e previdência. O uso do conceito se tornará mais técnico e menos retórico.´´
Fonte: Diário do Nordeste
A idéia não é nova...
Ciente da importância de ter súditos felizes, Jigme Singye Wangchuck, o rei do Butão, criou há mais de 30 anos um índice de desenvolvimento social baseado em pesquisas que procuram mapear o que pode trazer felicidade para seu povo. O FIB, ou Felicidade Interna Bruta, tornou-se então o fator determinante na aplicação das políticas governamentais desse minúsculo reino de orientação budista entre a China e o Tibete.
Essa criativa experiência começa a render frutos. Prefeitos de algumas cidades do mundo (inclusive do Brasil), presidentes de instituições ou mesmo pessoas comuns estão dispostos a imitar esse simpático e bem-sucedido exemplo. O Brasil sediará em novembro o próximo Encontro Internacional sobre Felicidade Interna Bruta-FIB, com a provável presença do rei butanês, um jovem de 27 anos, herdeiro do rei que implantou o FIB. Diz o ministro de Planejamento do Butão, Dasho Karma Ura, que veio a São Paulo em outubro do ano passado para falar da experiência de seu país. “As pessoas sempre podem se tornar mais felizes. Um bom começo é procurar detectar com minúcias o que nos traz felicidade – e o que nos causa sofrimento”. Algo em que, ironicamente, sequer paramos para pensar.
Leia mais sobre o assunto:
http://vidasimples.abril.com.br/edicoes/078/pe_no_chao/conteudo_429421.shtml